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Introdução à matéria
Neste sábado, o Blog do Magno e o Diário de Pernambuco trouxeram a informação de que a Prefeitura de Escada virou alvo de uma investigação do Ministério Público de Pernambuco, a pedido da Justiça Federal, por causa do não repasse de valores de empréstimos consignados dos servidores públicos municipais firmados com a Caixa Econômica Federal entre os meses de outubro de 2018 e janeiro de 2019. O banco acionou a Justiça, exigindo o pagamento de mais de R$ 188 mil, e venceu a ação. A suspeita do MP, que usou essa ação como base para instaurar a investigação, é de que tenha ocorrido apropriação indébita dos valores dos consignados, que eram descontados mensalmente dos contracheques dos servidores pela Prefeitura. Este caso está sendo brevemente citado no início desta matéria, para melhor compreensão dos fatos que serão narrados a seguir.
O processo da Caixa contra a Prefeitura de Buíque
Em 2021, a Caixa Econômica Federal acionou judicialmente a Prefeitura de Buíque, então chefiada por Arquimedes Valença, na 7ª Vara Federal de Pernambuco para cobrar o pagamento de mais de R$ 108 mil referentes a cinco contratos de concessão de empréstimos consignados a seus servidores municipais, que foram firmados entre os meses de outubro de 2020 e fevereiro de 2021. Segundo o banco estatal, "no contrato consta cláusula de responsabilidade pela liquidez em caso de inadimplemento dos beneficiários ou pela ausência de repasse do valor debitado" e que a Prefeitura deveria ser condenada a pagar os valores não repassados.
A defesa da Prefeitura de Buíque negou que tenha cometido calote (quando não se paga uma dívida por má-fé ou falta de vontade) e disse nos autos "ter efetuado os repasses à instituição financeira dos valores consignados, inexistindo, assim, saldo devedor a ser pago".