O eterno "Rei do Baião" faria aniversário hoje, dia 13 de dezembro. A data também é considerada o Dia do Forró (Reprodução/ Internet) |
Por William Lourenço
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) declarou, na última quinta-feira, o forró como Patrimônio Imaterial e Cultural do Brasil. Esse título veio às vésperas do aniversário daquele que se tornou o maior representante do gênero musical, reconhecido mundialmente pelas suas canções: Luiz Gonzaga.
Nascido em Exú, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912, Luiz Gonzaga do Nascimento começou a tocar sanfona influenciado por seu pai, Januário, tema de algumas de suas músicas. Respeita Januário talvez seja a mais conhecida sobre ele. Aliás, muito do que o próprio Luiz viveu virou tema da maioria de suas canções: a seca, as noites de São João, a Rosinha (por quem ele era apaixonado, pelo menos nas músicas)... A Asa Branca, ave característica do Nordeste, virou em 1947 símbolo da região graças à música composta por ele e por um advogado cearense chamado Humberto Teixeira. A letra de Humberto e a melodia de Luiz combinaram de forma tão perfeita que a música ganhou o mundo e, quase 75 anos depois, foi regravada por centenas de cantores e ainda lista entre as canções brasileiras mais ouvidas.
Em quase 50 anos de atividade, foram 266 discos gravados e quase trezentas composições (próprias e com seus parceiros: Miguel Lima, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Zé Marcolino e João Silva, dentre outros). Mesmo tendo falecido em 2 de agosto de 1989, seu legado continua atraindo e se renovando entre as novas gerações.
Alguns de seus sucessos são hoje trends na rede social TikTok, como O Cheiro de Carolina, Dezessete e Setecentos e Pagode Russo. É um dos artistas mais ouvidos da música brasileira, e seu catálogo musical é um dos mais rentáveis (pertencente à gravadora Sony Music).
Pelos temas, pela linguagem usada, pelo toque de sua sanfona, Luiz Gonzaga influenciou de alguma forma todos os cantores e sanfoneiros da atualidade, e tornou o forró um estilo conhecido, reconhecido e respeitado mundo afora. Rei que é rei nunca perde a majestade, nem mesmo nesse caso.