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A mais nova Coluna de Opinião deste site abordará, desta vez, as recentes tempestades dentro do universo político brasileiro: o tempo ruim criado em Buíque após a passagem do Festival Pernambuco Meu País e o balde de água fria jogado em Jair Bolsonaro com a decretação de sua prisão domiciliar (Foto de Aleksandar Pasaric para Pexels) |
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AVISO AOS LEITORES: ao contrário de nossas reportagens, a Coluna de Opinião traz, como o próprio nome já diz, a opinião de quem a escreve sobre fatos concretizados, não representando necessariamente um posicionamento oficial do Podcast Cafezinho com William Lourenço, enquanto veículo de imprensa (emitido somente por meio de nossos Comunicados Oficiais e Editoriais).
Por William Lourenço
Chegou o mês de agosto...
Erroneamente, as pessoas costumam dizer que, com ele, vem o desgosto. Não acho.
Não sei se é pelo fato de que, neste mês, eu faço aniversário. Pura coincidência com o mês em que nasci, lá em 1996.
Nesse mês, costuma ocorrer o início da transição do inverno para a primavera (que, oficialmente, dura de setembro a dezembro): em alguns dias, faz bastante frio e em outros, bastante calor, a depender da região. Num município como Buíque, por exemplo, agosto costuma ser um mês frio e até chuvoso. E daqui começamos nossa conversa.
Na última sexta-feira, ocorreu a abertura do Festival Pernambuco Meu País no município do agreste. Foram três dias com diversas atrações culturais e eventos espalhados pelo centro, dos quais eu não compareci em nenhum. A chuva me fez ficar em casa...
A governadora do estado, Raquel Lyra, e sua vice Priscila Krause, foram... primeiro, à casa da mãe do engenheiro Jobson Camelo, que foi candidato a Prefeito na última eleição pelo Republicanos. As más línguas dizem que Raquel deu um chá de cadeira no atual prefeito Túlio Monteiro, que a esperou por quase cinco horas enquanto ela estava tomando café e comendo bolo com a turma do amarelo. Fato é que, depois, ela foi de encontro ao novo chefe da turma vermelha deste ninho de cobras (e tomou café e comeu bolo lá também). Houve aqui um ruído de mensagem ao público? Lembro que ambos, na eleição municipal, a citaram como aliada num eventual mandato. A Raquel quis aqui passar um sinal de que está junto com todos os buiquenses, não importa a cor ou o animal que os representem? Esse devaneio criativo é mais da minha parte, por escrever tanto e há tanto tempo.
Mesmo com tal ruído tendo sido aparentemente resolvido e com a festa indo muito bem, no domingo, a expectativa dos espectadores com as atrações principais daquela noite recebeu, literalmente, um balde de água fria. É que choveu tanto que alguns equipamentos no palco molharam e a produção do evento (a FUNDARPE, vinculada ao Governo do Estado), com receio de que houvesse risco de choque elétrico, cancelou as apresentações no palco principal montado na Praça de Eventos. O aviso veio meio que em cima da hora, mesmo com a APAC (Agência Pernambucana de Águas e Clima) dizendo que isso poderia acontecer no Agreste inteiro naquele horário.
Os que queriam ver aquele Xamã (que, embora o nome seja atrelado a um sacerdote com poder de profecia, não previu que a chuva poderia interromper seu próprio show) e um tal de Hungria, já sob efeito de muito vinho e queijo (ou cachaça e salgadinho, não sei), ficaram putos com o cancelamento e buscaram botar a culpa do ocorrido em alguém. Houve quem quis atribuir o problema ao prefeito. O prefeito, numa nota, jogou tudo nas costas da governadora. Parece que ele não perdoou as cinco horas de espera... Como já foi dito diversas vezes, até mesmo neste humilde site, pra que o povo de Buíque fique realmente irritado com algo dentro do município, é só tirar o pão e o circo. Chega a ser patético.
Agora, levando em conta que ano que vem terá eleição estadual, haverá a ida do Túlio para a turma, sei lá, do João Campos (que dizem que irá ser candidato a governador) por causa dos eventos ocorridos neste festival com a Raquel? E será que esse Pernambuco Meu País terá mais edições, com essas edições passando de novo por aqui?
Ainda falando em baldes de água fria e temporais metafóricos, mas agora no cenário nacional, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve sua prisão domiciliar decretada pelo Ministro Alexandre de Moraes, do STF, por ter descumprido uma restrição imposta a ele: de aparecer em redes sociais de terceiros. Durante um protesto que ocorreu no Rio de Janeiro, também no domingo, seu filho Flávio (que estava no protesto) telefonou para o Jair (que estava em sua casinha em Brasília) e o fez falar com os que estavam lá na rua. Não apenas isso: gravaram um vídeo do Jair atendendo ao telefonema e enviaram pro Flávio, que publicou no Instagram e depois excluiu o post. Ainda mordido pelo governo dos Estados Unidos colocar sanções e sanções em seu cangote graças ao Eduardo, o juiz que gosta de dar o dedo do meio em jogo de futebol decidiu que o mito(maníaco) da dita direita brasileira deveria ficar preso... em sua casinha em Brasília. Se você for ver onde fica essa casa, automaticamente ficará com dó dele: num condomínio de luxo, com proteção de segurança particular e escolta policial... Horrível! Estão tirando a liberdade de um ex-presidente mantendo-o seguro em um lugar onde a maioria dos brasileiros comuns sequer ousa sonhar viver, mesmo se trabalhar a vida inteira sem parar.
Bolsonaro entra para aquela seleta lista dos ex-presidentes que tiveram suas prisões, ainda que domiciliares, decretadas pela Justiça. O primeiro a inaugurar tal lista foi, pasmem, o Lula em 2018! Além deles, ainda temos Fernando Collor de Mello (com mais de 30 anos de atraso) e Michel Temer.
Fica feio pra ele, mesmo não ficando de todo feio, o fato de ter uma decisão judicial em seu desfavor (além da inelegibilidade até 2030) o impedindo de sair pra falar suas asneiras às suas mulas ou mesmo de falar tais asneiras em suas redes sociais. E aqui, a gente deve ficar pronto pro instável.
Na nova fase em que o Brasil se encontra, passando por turbulências em sua relação diplomática com os Estados Unidos por causa deste falso patriota de Glicério e do ainda mais falso patriota de Caetés, a previsão após esta nova decisão do Xandão é de que outro fenômeno completamente instável, mas visivelmente perigoso, volte a criar pancadas que atinjam o país em todas suas áreas nos próximos dias: Donald Trump, o presidente americano. Como se o tal tarifaço a vigorar nesta quarta-feira já não fosse pouco...
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