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Por João Gabriel Silva
Você, caro leitor, já deve ter ouvido essa música em algum momento da sua vida, mas você sabe a origem e o real significado dessa data tão esperada e celebrada.
Originalmente
ela era celebrada em comemoração ao solstício de inverno, no hemisfério norte
isso compreende a noite mais longa do ano, isso era considerado como um ponto
de virada, isto é um “renascimento” de um período de trevas para um período de
luz uma vez que o sol passaria a ficar mais tempo no céu. Em outras culturas
como os gregos eles aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do
vinho e da vida mansa, enquanto que os egípcios relembravam a passagem do deus
Osíris para o mundo dos mortos. Enfim, essa data tem uma longa história que
estava diretamente ligada ao paganismo, “A palavra tem origem no latim paganus que significa “habitante do campo”, tendo em
vista que os povos rurais da Antiguidade possuíam culturas politeístas,
idolatrando deuses relacionados à natureza e as colheitas e as estações do ano.
Na Idade Média, com o avanço do processo de cristianização, a igreja católica
passou a classificar como pagãos todos aqueles que resistiam à conversão e
permaneciam com suas crenças”, visto que o cristianismo passa a ser a religião dominante
nesse período assim como nos dias de hoje.
Feito
esse recorte histórico vamos tentar entender o significado dessa época no
contexto cristão, já que é a religião dominante em números de fiéis em todo o
mundo e particularmente é a que mais me atrai.
No cristianismo, principalmente na
vertente católica existe algo chamado de “Mistério Pascal” que envolve a celebração
natalícia no todo, isso faz referência a trajetória de Nascimento, Morte e Ressureição
de Cristo.
Segundo o Pe. Vitor Gino Finelon, ao falar sobre O mistério pascal, ele diz que:
Apesar de sua vida inteira ser mistério, sem dúvida, na sua
Paixão, Morte e Ressurreição isto fica mais visível, se tornando o núcleo do
mistério Pascal. O Compêndio do Catecismo, na pergunta nº 112, nos afirma que
“o Mistério Pascal de Cristo, que compreende a sua morte, Ressurreição e
Glorificação, está no centro da fé cristã, porque o desígnio salvífico de Deus
se realizou uma vez por todas com a morte redentora do seu Filho, Jesus
Cristo”. Assim, nos eventos da crucificação e da ressureição fica claro que
Jesus venceu o sofrimento, o pecado, a morte e o demônio e que abriu um caminho
de vida plena para homens”.
Podemos entender que o natal não é apenas
um momento de festejar com família e amigos é tempo também de refletir o
significado do que foi vivido e do que ainda estar por acontecer, entender que
se estamos juntos nesse momento de celebração muita coisa alheia a nossa
vontade aconteceu e nem sempre podemos estar demonstrando alegrias através de risos,
gritos ou danças, porém com todos os por menores temos o contentamento
espiritual de estarmos juntos no sacrifício de Cristo por todos.
Que
tenhamos consciência de que Cristo está em nós e nós estamos em Cristo ao
caminharmos juntos.
LEIA TAMBÉM:
https://super.abril.com.br/historia/a-verdadeira-historia-do-natal/
http://www.materecclesiae.com.br/o-misterio-pascal-2/